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O Fórum Econômico Mundial volta a ser presencial, depois de dois anos de pandemia. O evento deve atrair 2,5 mil participantes, incluindo 50 chefes de Estado. Sem a neve que costumava marcar as edições realizadas em janeiro, e com uma guerra na Europa, o foco será na geopolítica, para discutir a situação da Ucrânia e o mundo que emerge do conflito, mais dividido. Na economia, o tema principal é a inflação, que pode ameaçar o crescimento mundial.
Do governo de Jair Bolsonaro, o representante será o ministro da Economia, Paulo Guedes, que vai participar da painéis sobre práticas ESG (governança, sociais e ambientais, na sigla em inglês) na terça-feira, ao lado do fundador do Nubank, David Vélez. Na quarta, Guedes vai debater o endividamento global.
Na agenda oficial de Guedes, segundo sua assessoria, estão previstas reuniões sobre crescimento sustentável, parcerias econômicas com a Ásia, região do Pacífico e América Latina. Em meio à bilionária venda de ações da Eletrobras, Guedes "vai apresentar o Brasil como destino privilegiado para investimentos".
Na volta ao presencial, o Fórum Econômico Mundial terá como tema central "A História em um ponto de inflexão: políticas governamentais e estratégias de negócios". Um dos nomes mais esperados é o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Ele vai falar amanhã, por vídeo, em discurso que deve durar 30 minutos.
Bolsonaro não vai e, da região, vão o presidente da Colômbia, Ivan Duque, e do Peru, Jose Pedro Castillo Terrones. Além dos chefes de estado, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, é uma das mais aguardadas - participa de dois eventos para discutir rumos da Europa.
Do setor privado, a lista de presença conta com 1.250 nomes. Do Brasil, estão confirmados nomes como André Esteves, do BTG Pactual, e Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho do Bradesco.
Entre os americanos, o fundador da Microsoft Bill Gates vai falar da próxima pandemia, enquanto o badalado gestor de Wall Street, Ray Dalio, participa de um painel para falar do mundo mais dividido que emerge com a invasão da Ucrânia pela Rússia. O mesmo painel terá a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
"A reunião anual é a primeira cúpula que reúne líderes globais nesta nova situação caracterizada por um mundo multipolar emergente como resultado da pandemia e da guerra", comenta o fundador e chairman do Fórum, Klaus Schwab, em mensagem enviada aos participantes.
O Fórum voltou a ser presencial, mas alguns convidados vão participar remotamente. Para entrar no evento, a organização exigiu comprovante de vacinação, inclusive das doses de reforço. Além disso, a cada 24 horas, os participantes serão testados para a covid.
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